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quarta-feira, 2 de julho de 2008

Mistério


Mistério

Silêncio, tudo calado e calmo, quieto,
sinto o ar parado dentro do silêncio absurdo,
oculto, galhos nem se mexem, na estrada
vejo poeira levantando, meu coração bate

acelerado, medroso, passos ouço dentro da casa,
botas batem no assoalho, me encolho na cadeira,
portas estão fechadas, lacradas, o silêncio retorna,
minha alma sobressalta-se quando ouve o gorjear

de pássaros ao longe, quando sente odor desagradável
vindo de fora da casa, cheiro de alma, mistérios envolvem
aquele lugar que habito, música começa ser tocada por
orquestra, procuro, nada encontro, nada vejo, sinos tocam,

lá fora ouço barulhos de carro, pela janela nada avisto,
tudo se aquieta, a tarde é quente, sinto molhar minha mão,
gotas vermelhas caem do teto, pergunto, chamo, ninguém
responde, não há viva alma, minhas pernas tremem

quando pingos de chuva começam cair, debaixo de sol
causticante, a água chega limpando os pecados da casa!

Marta Peres

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