.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Os meus poemas






Os meus poemas

São aves de plumas leves,
Brancas e suaves
Eles voam ao rumo certo e incerto
Eles pousam no olhar do leitor

Mas para tê-los no coração
Há de saber conjugar
O verbo amar
Em todos os tempos

Porque mais vale ter
Poemas verdadeiros
Do que semear discórdias,
Mágoas, mentiras e tristezas.

Assim são as minhas poesias
Fontes de águas cristalinas,
De raras belezas. Elas matam a sede...
Dos ricos e dos pobres de espírito


Sol Pereira

Marcadores:

Há dias







Há dias

Há dias que temos
Que jogar tudo para o alto
Ir adiante, correr riscos,
Buscar estradas,
Colher flores e separar espinhos
Afastar a solidão do olhar
Fitar o mar e descobrir:
O azul do céu, o verde da floresta,
Tirar as velhas roupas surradas,
Vestir-se de esperanças
Viver o hoje como se fosse o último dia
Abraçar e beijar o teu semelhante
Amar porque só o amor
Vai valer a pena viver

Sol Pereira

Marcadores:

Recomeço













Recomeço

Em quanto subo os degrais
a música embala minha saudade
conto os passos com temeridade

ao encontro da casa vazia
dirijo-me com cautela até a porta
como quem não quer acreditar...

O céu, hoje parece mais escuro
e nuvens cobrem a luz do luar.
certo do confronto com o vazio
que me vem de encontro implacável
tomo as chaves na mão trêmula,
tentando abrir meu destino.

E ao abrir a porta da realidade
deparo-me com a casa sem luz
como o céu cobalto e tristonho.

Mas ao chegar em meu quarto
sem ao menos me despir,
sinto um vento forte
que as nuvens vai empurrando
até o luar descobrir...

Então, rolando para outro lado
percebo no canto do quarto
que todo ele se iluminou.
E desenterro-me da saudade
com um sorriso no rosto
com o brilho da liberdade!

Sei que tudo recomeça
quando todo o resto termina,
e não chorarei na esquina
muito menos na escada!

Toco minha vida á frente
com o coração sorridente
só, porém, com a alma liberta.

Mando Mago Poeta

Marcadores:

CARÊNCIA










CARÊNCIA

Estou sozinha, mergulhada na penumbra
deste meu quarto frio, ermo, indiferente.
Nada me toca, a não ser a muda sombra
que me fustiga o coração constantemente.

Estou sozinha... Mas não quero só presença,
não quero um corpo... um qualquer, porque senão,
para ocupar esse vazio, essa ausência,
bastava apenas mergulhar na multidão.

Quero um amor, um bem-querer... Eu quero Alguém!
E bastará pra mim, saber que tenho um bem
para que eu seja plena da sua presença.

E até sabendo-o muito longe... além-mar...
a condição de ser amada e de amar,
há de pôr fim, de uma vez, nessa carência.

(Soneto de Leide Borges)

Marcadores:

Hai Kai Outono

 
 
 
Hai Kai

Outono

As folhas caem,
galhos nus desfolhados
chão amarelo.

Marta Peres

Marcadores:

Hai Kai Mar da Saudade


























Hai Kai

Mar da Saudade

Meu mar, tão verde,
tão azul, só saudades
em meu coração.

Marta Peres

Marcadores:

segunda-feira, 16 de abril de 2012

EU E MEU VIOLÃO PLANGENTE





















EU E MEU VIOLÃO PLANGENTE


TE QUERO EM MEUS BRAÇOS
MEU DENGO/ MEU CHAMEGO
SÓ QUERO DE VEZ TE LEVAR
PRA DENTRO DE MEU ACONCHEGO

VOCÊ SEMPRE SERA MEU TUDO
SÓ POR TI MEU CORAÇÃO BATE
VOCÊ É PINTURA EM MINHA VIDA
É A MAIS BELA DE TODAS AS ARTES

DEDILHO A NOITE INTEIRA O VIOLÃO
DE UMA CANÇÃO FAÇO UM AÇOITE
QUE AÇOITA DE AMOR E DE PAIXÃO
SEU CORAÇÃO TÃO MEIGO DE MENINA

DEDILHO O DIA INTEIRO O VIOLÃO
MEU COMPANHEIRO PLANGENTE
VOU SEMPRE CANTAR PRA GENTE
ESTA ETERNA E BELA CANÇÃO

VOCÊ É SEMPRE ASSIM QUERIDA
UM BELO ANJO SEM ASAS QUE VOA
VOA COMO O PERFUME DAS FLORES
PERFUMANDO TODO O MEU JARDIM

QUE VOCÊ SEJA MINHA ESTERNA NAMORADA
E QUE JAMAIS TENHA UM FIM ESTE AMOR
SE VOCÊ SE SENTIR UM DIA ABANDONADA
SAIBA QUE EM MEU CORAÇÃO TEM MORADA

VALTER ARAUTO

Marcadores:

Desencanto

















Desencanto

Não suportei,
sai sem rumo
em desabalada correria,
chovia na rua.

Já nada mais importava,
minh’alma em prontos
e a roupa encharcava.

A noite já ia alta,
nenhuma viva alma nas ruas,
não era medo,
era desespero no coração.

Vida desmoronada,
véus rasgados,
céu se abrindo em águas,
eu, perdida pelas ruas vagava.

Marta Peres

Marcadores:

Simples Assim



















SIMPLES ASSIM


Saudades de olhar alguém nos olhos
Sem sentir vontade de desviar o olhar
De acordar de manhã e sorrir tolo
por saber que meu primeiro pensamento será
como fazer você sorrir um pouco...
De tomar banho com mais cuidado
Ter dúvidas se você gosta mais de meu rosto sem barba
ou ela por fazer...
Escolher meu melhor suspensório
Perfumar-me com exagero
Rir com exagero
E colocar no bolso da calça o poema que fiz ontem à noite...
Saudades de ver os outros falando
E apenas sorrir por que nada ouvi...
Do tempo em eu me sentia forte...
Saudades de ver se minhas unhas estavam cortadas
se lavei as orelhas
De contar os minutos de espera
E não perceber mais nada em volta
E mais uma vez sorrir meio bobo
Encontrar quem me vez enganar o dia...
O que fazemos então?
Isso é outro poema...
Depois deitar a noite e começar a planejar
O que vou fazer amanhã para fazer você rir para mim...


Lupi Poeta.

Marcadores: