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sábado, 5 de janeiro de 2013

Artigo - A Pergunta Está no Ar

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A Pergunta Está No Ar

A eleição para os cargos necessários à Câmara de Patrocínio foi um tanto quanto normal, para presidente, secretário e tesoureiro, dos oito vereadores da base aliada ao governo votaram nos companheiros de chapa o que já era de se esperar. No entanto, fato inusitado,  surpresa, geral quando então, votaram o Vice-presidente. Os mesmos oito fugiram ao que seria corriqueiro por conta do partidarismo – todos os oito, religiosamente votaram em um vereador de oposição, que, diga-se de passagem foi pego de surpresa, de calça curta – talvez, seja nome de consenso escolhido pelos aliados da posição. No primeiro impacto, susto, depois, análise. Qual o pensamento do articulador que engenhosamente articulou a votação para que fosse executado pelos vereadores governistas? No entanto, a oposição votou fechado, como são em número menor foram derrotados.

Seria alguma forma de mandar um recado à oposição? Ou o recado era para a população?

Não acredito em votações feitas nestes moldes, votação induzida, conduzida – é por isto que as coisas não vão para frente. Não seria de bom tom cada vereador votar na pessoa mais adequada ao cargo? Votar livremente. Não senti os vereadores a vontade, salvo alguns. A mim pareceu-me que engoliram uma lobeira, a maioria estava sob tensão. Isto não é bom porque gera descontentamento. Havia no ar um tom melancólico, dolorido, por mais esforço que fosse feito. Afinal, dos rostos daquelas pessoas não havia a alegria que deveria transparecer.

Mas na política existe isto mesmo, toma lá dá cá, vota no meu que voto no seu. Ao que deveriam pensar no bem comum, no que seria melhor para a cidade, para seu desenvolvimento. Afinal, não irão legislar para todos?  

A escolha dos três nomes foi boa, contudo, o fato de entrar um que é oposição foge às normalidades e ainda por cima sem uma prévia proposta feita ao vereador em questão. O votado ficou sem chão, uma indisposição nasceu entre todos e inclusive entre alguns da base governista.

O que o povo, naquele momento, esperava do vereador de oposição cotado e votado para vice na chapa governista?

Contudo, as notícias dos jornais são claras quanto a renúncia que ocorrerá na primeira reunião ordinária da Câmara. Por que esperar tanto se já podia fazer por escrito a partir do dia 02 de janeiro?

Será que o vereador vai mesmo renunciar?

Se não houver interesse por parte dele ao cargo muitos acreditam que o fará, até porque, esta eleição aconteceu com direito a oito votos da base governista a sete de oposição – nem o próprio vereador votou em si mesmo. Ficou visível a fisionomia do vereador, modificou num sem graça de dar dó por conta de sua retidão de caráter.

Esta votação teria sido um golpe? A pergunta está no ar, não quer calar e está aquecendo os corações politizados da cidade. Há inúmeras conjecturas espalhadas pelos quatro cantos e pelas bocas das pessoas. Afinal, o homem é um ser político, pensante e livre.

Acredito que esta renúncia possa ser feita antes de fevereiro. No que estará ele pensando? Consultando bases de apoio? Pedindo inspiração do Alto?

Vamos esperar, quem sabe alguma reviravota... ou pela primeira reunião ordinária da nova câmara, só então saberemos das intenções do vereador opositor. Renuncia ou Não?

Marta Peres 

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