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segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Poeta Machado de Carlos!
















Acorda Poesia!

— Vem, os sonhos estão em meus portais
Tens olhares serenos!... E melenas
que revoam através dos vendavais.
— Tu és dona da beleza que asserena,

aos cantos, dos meus mundos divinais...
— Acorda Poesia; — tu estás no cinema;
temos nossa alegria nas horas tais!
— Vem, poesia! — Tome posse desta cena;

— Chegaste soberba, e com tua grinalda;
duma incrível cor rara; — de esmeralda...
e, com teu largo riso; — Lindo... E nobre!...

— Ah!... — Mergulhei em teu anel de rubi...
Todas as letras velam... — Caem por ti...
— Vem Poesia; — tenha pena deste pobre!...


Machado de Carlos





À Rainha do Sol

A flor de ouro renasce no farol,
busca novas cantigas do futuro!
No horizonte a menina de olhos puros
canta os versos do lindo caracol!...

Os náufragos daquele vendaval
busca as luzes do porto, já seguro...
Do incansável caminho do obscuro
A voz chega e desenha no cristal!

E na passagem do tempo sem mel
A multidão emerge novo anel
Ao tom sublime da nova magia!

A rosa (a luz) se aflora na janela...
... encanta noutra foto da aquarela,
Pintada com as flores da poesia! 


Machado de Carlos

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A Poesia de Celina Vasques









Adormeceram as flores...


Adormeceram as flores
lá se vai primavera...
adormecidos estão também
os sentimentos em mim...

Vivo entre a dor e o amor...ai de mim!
minha alma inquieta sempre a procura de ti!

E esse outono que parece eterno...
logo chegará o inverno...
e eu com frio
qual minhas mais profundas mágoas
estremece meu corpo e eu no meio
desta ventania...procuro esculpir com
mãos vazias de ti
teu rosto neste nevoeiro
gerado na noite de minhas desilusões...

E o meu piano em silencio ...calado
quieto...abandonado...
esquecido de notas musicais
nem ele chora mais as mágoas de outrora...
perdeu a magia das melodias
e as sinfonias que eu tocava pra ti!

Agora sou quem adormeço meio à lagrimas
e suspiros de saudades
enroscada nos meus sonhos
pois novamente acordou o sentimento em mim!




celina vasques






DEVOÇÃO

Se te amar é minha ruína
que venha então
essa triste sina
pois sem teu amor
que gosto pode
ter a vida?

Sem ti meus olhares
não têm mais encantos
passo pelo dia e
pela noite
não vejo estrelas
céu...lua...
nem dos passarinhos
o suave canto!

Quase te perdi...
e nessas horas de
profunda solidão
tristeza e dor
eu até podia ouvir
os suspiros dessa saudade...
saudade do teu amor!

CELINA VASQUES









Amo- te...

Amo-te na quietude, e com ternura
Amo-te assim, com todos os meus sentires
entre murmúrios e gemidos
Neste incêndio de amor que me devora...

Amo-te...
Com loucura e nos sonhos
Delirantes desta paixão que me domina
E morro a cada dia se não tiver os beijos teus...
Os teus afagos... Tuas palavras de amor...
A sussurrar em meus ouvidos quando o amor se faz!

Amo-te...
Procuro-te nas minhas fantasias...
Espero-te a cada amanhecer e a cada anoitecer...
Tu és a solidão que hoje me enfraquece
A realidade de todos os sonhos de amor
Que eu sonhei todos os dias...

Amo-te tanto, mas tanto...
Que o silencio se faz eco
E do meu peito
Desponta sons musicais a responder
A todas as fases da lua e o brilho de estrelas
a piscar no firmamento...

Amo-te e vou buscar-te... Muito além do mar intenso
No perfume das flores nas manhãs primaveris
E no cheiro da chuva quando no inverno...
Por todos os caminhos além...
Eternamente...

Amo-te! 


celina vasques








SONO POÉTICO

Estava num sono poético em que a realidade
Tramitada numa nova dimensão...
Num êxtase
Uma força maior de meus desejos mais
Ocultos...
Transportaram-me para
o desconhecido aquele
Meu eterno e último instante!

Existiu um momento
Em que o meu eu submergiu num soluço
Triste tentando esquecer o sofrimento
Angustiante da minha vida
Onde meus devaneios renderam-se à verdade
De meus desencontros...

Qual se o peso do mundo eu
o transportasse sobre meus ombros...
E neste transitório instante
Eu mergulhasse em abismos profundos

E esta saudade doída
imergindo em mares densos
Aonde as desilusões precipitaram-se
por entre as ondas
E só o silencio existisse entre
as brumas do meu ser profundo!

Celina vasques









Pra ti amor platônico!


Te guardarei em minha alma
Como se foras uma canção cuja partitura
Perdeu-se no tempo e a melodia doce
Jamais tocada por outro alguém
Soará no silencio... De minhas recordações
Mais íntimas... Profundas!
Qual o beijo que nunca te dei...
E eu te amarei sempre e para sempre
Como se estivesses toda a vida perto de mim!

celina vasques







Apenas um instante...


Um instante no tempo...

Quando todos os meus sonhos não mais

Tiverem uma resposta ao meu destino...

Quando meus olhos não mais brilharem

Quais fogueiras queimando

chamas de amor desconhecidas...



Se eu jamais souber se tu

me amaste como eu

Amei-te e amarei até o fim...



Quando eu já não tiver notas

Musicais a embalar minhas

canções de amor...



Quando os meus poemas não

mais tiverem rimas

Só peço um instante ao tempo...

Para que eu possa conhecer

a eternidade e deixá-la

Nos meus mais profundos versos

e se não tiveres partido


Amar-te ainda neste

último instante de vida!



Celina vasques







Onde estás?

Só o silencio responde com sua voz gritante
Aos apelos de meu coração... Onde estás?

Ilumina com tua luz estrela que brilha no céu...
E que um dia iluminaste a minha vida
Fazendo de minha adolescência um
Mar de rosas... Dias felizes vivi contigo...

Dançamos sem medo e colecionamos
Sonhos e esperanças...
Fiz da minha tristeza lembranças...
- e caminhei sem ti -
No paradoxo de tua abstrata presença...

A tua essência que jamais
Abandonou-me
Mesmo depois desta tua viagem
entre nuvens e brumas...

Ah! Este mar profundo que esconde
tantos segredos...
E este céu azul de anil que
te guarda anjo da minha vida!

E vivo a pensar... Onde estás?
Eu jamais te esqueci!

Celina vasques

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Carnaval










Carnaval

A festa popular brasileira mais famosa em todo o mundo – carnaval, está chegando!

Belas marchinhas tradicionais encantam todos os tempos – surgiram no Rio de Janeiro e foram assinadas por grandes compositores, interpretadas por maravilhosos cantores. Em todo país uma só voz ouvida durante os tempos de carnaval, é folião fremente cantarolando. Muitas são as canções que fazem recordar todas belas e simples. Quem não se lembra de Chiquinha Gonzaga com sua Ó Abre Alas!

Ó abre alas
Que eu quero passar
Ó abre alas
Que eu quero passar

Eu sou da Lira
Não posso negar
Eu sou da Lira
Não posso negar

Ó abre alas
Que eu quero passar
Ó abre alas
Que eu quero passar

Rosa de Ouro
É que vai ganhar
Rosa de Ouro
É que vai ganhar

Contudo, os bons carnavais do Itamaraty o tempo teima apagar, dor latente de saudade vem se tornando companheira  inseparával, lembranças...lembranças...apenas lembranças dos tempos idos que não voltam mais. Certifico com saudades relembrando as matinês do Itamaraty, são tantos bons carnavais e relembro a chorar velhos foliões, pessoas que marcaram com brilhantismo uma época gloriosa da terra. Quem não se recorda do ritmista, o grande Sabastião Cabide? Dos saxofonistas Plínio Barbeiro, João da Banda, Dickson de Melo? No Pistom, José Piquira e Cuica – quem não se recorda do Zico da Banda? Tantos bailes em animação total animados pela banda do Bainho! Muitos outros carnavalescos e amantes do Carnaval passaram pelos nossos clubes.

Ah, Churrascaria Alvorada que tantas alegrias deu aos jovens!

Confetes e serpentinas lançados no povão, lança-perfume perfumando o salão.  

União Operária, como era comentada, como eram concorridos os seus bailes carnavalescos, hoje, vivo a cantar chorando – Olha a cabeleira do Zezé será que ele é será que ele é...  Oí você ai, me dá um dinheiro aí, me dá um dinheiro aí... Realmete, precisa-se de dinheiro para fazer resurgir das cinzas a nossa União Operária. Quantos dos nossos jovens não viram a atuação desta Escola de Samba Gigante! A União Operária não pode ser enterrada, porque morta já está e como fênix é preciso que ela volte à vida.

Foram muitas emoções e baixinho vou confortando o coração, cantando expresso a verdade que é minha, é sua é de todos nós – não esqueço os velhos carnavais, não esqueces os velhos carnavais, não esqueçamos os velhos carnavais. Recordamos com saudades que calam fundo na alma, tudo o que passou  e não volta mais.

Recordamos para que no próximo ano possamos cantar sorrindo novamente, com nossa guerreira escola de samba União Operária – mesmo sem Cabide, sem Plinio, sem Zé Piquira e tantos outros que estão a nos olhar lá do andar de cima!     

Marta Peres

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Falando em Liberdade










Falando em Liberdade

Quando alguém não possui a sua própria liberdade, ela não consegue se desenvolver como pessoa – fato que todos estão cansados de ouvir e saber por ser causa de tantas desavenças, discórdias levando á quebra das boas relações  – poucos conseguem entender e colocar em prática.

Porque pessoas são privadas da sua liberdade?

Há uma castração por parte de muitos. Sabemos que o homem é um ser livre com direito a se expressar, manifestar suas opiniões, ideias e pensamentos. Porque cada pessoa precisa ter o direito de se expressar, de ouvir diferentes pontos de vista sobre quaisquer temas incluindo religiosos e políticos, para então tomar suas próprias decisões por si mesmo. Ninguém pode tomar decisão por outra pessoa muito menos obrigar que se tome a decisão que achar conveniente para a pessoa. O que é bom para o A pode não ser bom para o B. Pessoa alguma pode ser privada de sua liberdade, salvo se não estiver em seu juízo perfeito.

Quantas pessoas acreditam-se livres no trato com outrem e o fazem como se fossem donos, senhores, e o fazem de modo grosseiro.

Contudo, para que tanta arrogância? Alguns usam da prepotência, gritos, brigas, e olhe que vivemos em um país democrático, portanto, não deveria existir censuras nem fronteiras e a  pessoa precisaria pautar da boa Educação. Como tudo seria melhor e diferente! Não haveria  mistérios, a vida fluindo como realmente deveria ser. Porque a liberdade de cada pessoa é essencial para uma vida plenamente satisfatória. A liberdade de se expressar, a liberdade de pensamento e de ação são fundamentais e é direito de todos, não é preciso travar batalha, digladiar para sentir-se livre nem  se impor. Afinal, “a liberdade de uma pessoa acaba onde inicia a do outro”. Porque tantas prisões em vida!


Pessoa alguma pode sentir-se impedida de pensar e agir de acordo com seu pensamento, com também, não pode sentir-se obrigada agir e pensar com ideias diferentes das suas. O pensamento seu é só seu e do outro é dele. Quem suportaria viver a vida aceitando imposições? Não seria grande mal estar se ver obrigada a se submeter, ser castrado em seus sentimentos? Você conseguiria viver subjugado uma vida inteira? Você conseguiria viver não sendo o dono de sua vontade, de suas ações? Cada um é dono absoluto de si mesmo.

Você já parou para pensar na possibilidade de vir a ter um pensamento correto e alguém obrigá-lo a mudar de opinião pensar de forma errada? Ninguém consegue viver sob jugo, imposições, coações, pressões – porque, quem vive assim deve travar batalha diariamente. Seria muito cansativo viver assim, não seria vida seria inferno.

No entanto, não devemos pensar em liberdade a ponto de fazermos o que der em nossa cabeça – “não faça com o outro aquilo que não deseja que o outro lhe faça”. É o princípio da ética. No mínimo, temos que ter ética em nossos atos e ações. Mesmo sendo livres a ética deve pautar nossa vida – o homem não é animal irracional. Agir com decência e racionalidade não seria o correto, o melhor?

Todavia, existe no mundo um padrão do o que é pensar da forma correta sobre todos os assuntos. Porém, nem todos pensam como deveria ser pensado, cada pessoa tem o seu modo de pensar e acredita também estar certo. Contudo, no mínimo é preciso pensar na forma pré-estabelecida pela sociedade – coisa de poucos. Então, encontramos a chamada liberdade de cada pessoa e que deve também ser respeitada - salvo represente alguma ameaça à si mesma e às pessoas que estão em sua volta - principalmente quando a questão é de comportamento pessoal às ideias sobre o que é certo e o que é errado diferem muito.

Se alguém segue padrões de comportamento estabelecido diferente dos tradicionais você se sentiria à vontade para julgar? Para rotular de anormal ou insano? Não seria injusto tomar posições sem conhecer e pensar bastante? Aliás, seria justo julgar?

Pois existem pessoas que vivem de modo diferente dos padrões ditados pela sociedade e são pessoas de bem, maravilhosas, amigas, companheiras, mais que muitos comportadinhos que seguem a lista pré-fixada para comportamento - depois, na calada, agem das piores formas possíveis, são canalhas, cara de pau, pessoas vil da pior espécie, apenas, usam máscara. No entanto, os “diferentes” muitos os consideram errados em seus atos e atitudes somente porque fogem dos padrões habituais. No entanto, é difícil estabelecer normas, costumes, valores para a sociedade como um todo, pois cada pessoa tem sua maneira de se comportar.

Todas as pessoas têm direito á liberdade de pensamento e de ação, apenas precisam saber usar essa liberdade para se tornarem respeitadas apesar das diferenças.

Marta Peres     

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