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sábado, 8 de fevereiro de 2014

Varal de Poesia



Varal de Poesia





antes do voo

as traves
em minha visão
: a gravidade
como castigo
a cobiça de enganar
a queda

a brisa nos abismos
têm o aroma
e o hálito dos corajosos
há uma necessidade
enorme de vida
e ela invade
sequestra
corrompe
e eu gosto

Luciano Lopes.




serenata

começou por esquecer
a letra da música
mas o encantamento era tanto
que insistira em cantarolar
embaixo daquela janela
para ele
endereço certo
quando a saudade
lhe comprimia o peito
Vivia a esperança de receber
um aceno
um lenço
um vulto
Em seu imaginário ouvira certa feita
um movimento nas venezianas
uns passos
mais nada

com o tempo
deixou de frequentar
aquela janela
Não entendia
como esquecera por completo a música
Pegava atalhos
para não ter que passar à frente
do que imaginava tão desejado
se sentia
desamado
Esqueceu a janela
o constrangimento
o caminho

ouviu-se madrugada dessas
voltando para casa
a música
letra toda
uma janela enfim
lhe correspondeu

- não há sentido em serenatas
para janelas
corações
sorrisos
que não estejam perdidamente receptivos

Luciano Lopes










instantes

um inusitado sorriso
quase um descuido
do semblante
entregues, os olhos
riram
décimos de segundo antes

Luciano Lopes












ZÉ PELINTRA

Ele é malandro
Ele é da linha
Faz tudo e resolve
Não é no adivinha

Ele é malandro
Seu nome é Zé
Queira vir com respeito
Não é nenhum mané

Ele é malandro
Gosta muito da madrugada
Anda por aí com seu gingado
Faz parte das encruzilhadas

Ele é malandro
Zé Pelintra muito prazer
Muitos dão carona pra ele
Também conhece o bem querer

SoninhaBB








És...

És para mim como os primeiros raios de sol,
após uma noite de tempestades
És como uma brisa suave, que surge após um dia quente de verão

És como a lua, que na noite escura
Que me encanta com toda a sua beleza e energia
És como o sorriso de uma criança, que me desperta para
uma vida de alegrias

És como todas as mais lindas flores
Que enfeitam e perfumam a primavera
És como a chuva fina que cai, e que refresca a terra seca

És como uma linda canção
Que com seus harmoniosos acordes
me encantam e me fazem chorar de emoção

És como a imensidão do mar
Que nos leva à uma viagem de paz,
de amor... pelos confins do coração

És como um poema Divino
Onde Deus com sua sublime inspiração
Escreveu em letras da alma, com rimas celestiais

És tudo para mim...
És mais do que minhas palavras
conseguem expressar

És minha própria vida

Lúcia Polonio






Tu me causas

Quando tu te dispões a transbordar-me este teu frescor,
Faz querer-me tornar um paladino do amor,
E te libertar, prendendo-te em minhas mãos...
Quero tanto te sentir... Nem sabes... Em meu coração!

Olhando-te nos olhos, já me vejo com a alma alada,
Roubando-te, de frente desta maquina que te deixa confinada,
Para te levar... Para onde o vento nos levar...
- Abaixo os computadores. Viva a liberdade do amar!

O meu amor verdadeiro me impede da leviandade,
De lhe dizer o que no momento é o trivial e banal do social.
Há de fato confusão dos sentidos... Neste sentido.
O signo e a palavra amor, não se condizem, desdizem!

O inequívoco sentimento: o amor. Escolheu-me a dizer
Que o meu sentimento profundo é o maior do mundo!
- agora sim, enfim, posso até te dizer: Amo-te,
Sem me sentir constrangido, em teu ouvido!...

ZéReys - poeta do profundo.








Fools!
(Ronaldo Rhusso)

Ei! Olha eu aqui na “ponte aérea”!
Não viste meu cachorro, que bonito?
Sou eu aqui comprando esse pastel.
Vê como é bonitinho meu banheiro!

Sou eu do lado desse socialite!
Eu fico bem com meu bom lingerie?
Que fofo esse menino! É meu filhote!
Entrei pra faculdade e ela é paga!

Comi um macarrão, você perdeu!
Quer dar uma lambida no sorvete?
O meu marido é brocha. O seu também?

Se curte essa besteira dá “joinha”!
Eu tenho uma piscina de mil litros.
Tou indo Facebook. Amanhã volto...












 Tempo de vida.
Tempo que tudo ajeita.
Tempo que me levará novamente
Para os braços teus!

Sulamita Ferreira Teixeira






Hoje...

Hoje acordei embevecida... Fada diáfana
Gritos de saudação e saltitante
Escrevi a canção mais comovente
No céu mais azul... Deixei a semente!

Dilacerei a melancolia... Deixei o sol
Entrar em delicados matizes... Ressurgi
Adornando cada cantinho do arrebol
Prelúdios de um sonho... Que nunca esqueci!

Viajo livre pelos vales da felicidade
Nesta vereda vou coberta de véus
Descortino infinitas belezas nos céus!

O manto negro me chama num sussurro
É ela chegando! Misteriosa e bela!
Neste manto deito-me na mais linda estrela!

Regina Kreft

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